quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

2666 - Roberto Bolaño

Não resisto a escrever sobre este livro. 2666 do escritor Roberto Bolaño, nascido em 1953, em Santiago do Chile e já falecido (2003).

Este livro chegou às minhas mãos a “meu pedido”. Não fazia ideia no que me estava a meter.
A sua leitura revelou-se uma aventura, uma caminhada que por vezes parecia não ter fim. O seu peso não reside no seu volume (1025 páginas) mas sim no peso das suas histórias, no peso de cada parágrafo, de cada frase.
Algumas são duras, outras, muitas, são mesmo cruéis.
De repente somos atingidos com um murro no estômago, ficamos atordoados com a sua frieza. Diria mesmo que perturbados com a realidade que nos é apresentada, sem que ninguém nos tenha pedido licença.
Demorei meses a ler este livro. Tentei abandoná-lo, esquece-lo numa prateleira…, mas ele não deixou e enquanto não o acabei ele não me permitiu descansar, ler outras coisas… Enquanto não o acabei ele não me libertou.
E agora que terminei – finalmente livre – sinto-me obrigado a falar nele, não para o recomendar (não sou critico literário nem nada que se pareça), mas porque tinha que falar nele para poder continuar o meu caminho.

Deixo um aviso. Se o começarem a ler é por vossa conta e risco. Pode não ser fácil, não será certamente "bonito", mas vai tocar as vossas vidas.

Como escreveu Duarte Duval - “Depois de ler Bolaño, também nós, enquanto leitores, escritores, columbófilos ou padeiros, morremos. Morremos e voltamos à vida com uma amplitude de cinzentos alargada e com uma pistola na primeira gaveta da mesa do escritório. Há um momento na vida em que todo o homem se encontra a um final decente de ser grande. Fechei 2666 com a certeza que Bolaño terminou, rumo à glória eterna, na última palavra do livro.”

TU LIDERAS A TUA VIDA

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