O meu maior receio é se não serei eu a promovê-la?
Partilho parte do texto sobre este assunto que encontrei no
livro - The Coaching Habit, de MICHAEL BUNGAY STANIER
Quando as pessoas começam a falar-lhe do desafio em questão, o que é essencial ter presente é que aquilo que lhe expõem raramente é o verdadeiro problema. E quando o leitor avança para tentar corrigir as coisas, elas acabam por descarrilar de três formas diferentes: está a trabalhar no problema errado; está a fazer o trabalho que deveria ser a sua equipa a fazer; e o trabalho não é feito.
Está a Resolver o
Problema Errado
É possível que tenha pensado numa forma brilhante de corrigir o desafio de que a sua equipa fala. Contudo, esse não será, provavelmente, o verdadeiro desafio que precisa de ser resolvido. Podem estar a descrever uma série de coisas: um sintoma, uma questão secundária, o fantasma de um anterior problema que é confortavelmente familiar, muitas vezes até uma solução mal cozinhada para um problema desarticulado.
Está a Resolver o
Problema Sozinho
A sua equipa treinou-o bem, para que faça o trabalho dela. Sempre que surge um problema, em vez de o tentar resolver sozinha, a equipa vai ter consigo em busca de uma resposta. Parece (pelo menos, às vezes), que desta forma é mais fácil para si e para ela, mas talvez o leitor consiga reconhecer a sensação opressiva que decorre de ter de fazer o seu próprio trabalho e alguns dos trabalhos de outras pessoas da sua equipa. Se estivesse no consultório de um terapeuta, nesta fase o especialista assentiria sabiamente com a cabeça e murmuraria: "Hum... codependente."
Não Está a Resolver o
Problema
Já não bastava ter o seu próprio trabalho para fazer, e agora dá por si com a responsabilidade de resolver também os problemas de todas as outras pessoas. E talvez nem sequer tenha uma resposta ali à mão e, portanto, ignora aquele e-mail, ou volta a colocá-lo na bandeja da correspondência ou ainda faz uma promessa vaga sobre dar uma resposta no futuro próximo (mas não demasiado próximo). De repente, para de progredir. Não só a equipa está excessivamente dependente de si, como agora ainda se sente sobrecarregado e começa a atrasar tudo e todos. Tornou-se o Vice-Presidente dos Impasses.
Precisa de arranjar uma forma de controlar a tentação de
saltar para ir resolver esse desafio inicial. Tem de deixar de se enredar (e à
sua equipa) no primeiro problema que é posto em cima da mesa.
Abrande um pouco e conseguirá chegar ao cerne da questão. E aqui está a pergunta que faz toda a diferença: “Neste caso, Qual é o verdadeiro desafio para Si?”
In: The Coaching Habit, de MICHAEL BUNGAY STANIER
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