domingo, 18 de novembro de 2018

OS QUE “AMAM” MUITO OS TOUROS E OS TORTURAM E MATAM | Por José Pacheco Pereira


Porque não sou indiferente, reproduzo artigo de opinião de José Pacheco Pereira, publicado no Jornal “Publico” de 17 de novembro de 2018

OS QUE “AMAM” MUITO OS TOUROS E OS TORTURAM E MATAM

Acabar com as touradas, com a tortura dos touros para satisfação sádica das massas, é um passo no bom sentido.

A ideia de que ser a favor ou contra as touradas é uma questão de liberdade de expressão é um absurdo. Ser a favor ou contra as touradas é uma questão de civilização e, por muito que a palavra esteja gasta, nós sabemos muito bem o que é. É o mundo frágil que nos faz viver melhor, mais tempo, com menos violência do que no passado. É completamente frágil e contraditório, muitas vezes anda para trás e poucas vezes anda para a frente, mas representa o melhor da vida possível, feito por um olhar humanista sobre as coisas, que inclui condenar, limitar, punir a violência.

É o mundo em que há direitos humanos, em que os homens e as mulheres são iguais, é o mundo em que as mulheres e as crianças são protegidas da violência doméstica, é o mundo em que o direito de viver de forma livre o sexo é garantido, é o mundo em que a tortura, a pena de morte, o genocídio são condenados, é o mundo em que há liberdade religiosa, de opinião, política, etc., etc. Sim, é verdade que é também o mundo em que tudo isto não existe, mas escolham. Pode não ser o mundo que temos, mas é o mundo que desejamos.

Os animais não podem ter “direitos” equiparados aos direitos humanos, mas faz parte de uma sociedade humana que valorize a ética e combata todasas formas de violência olhar para os animais com um sentimento de especial proximidade que está para além da domesticidade. Os movimentos a favor dos animais, ou melhor, os movimentos contra a crueldade com os animais, fazem parte da tradição humanista dos séculos XIX e XX. A ideia central era que o modo como tratamos os animais era um sinal de como tratávamos os homens, a crueldade contra os animais era um sinal de uma violência institucionalizada que não se limitava aos animais, mas se estendia aos homens, mulheres e crianças.

Não me estou a referir a nenhuma das variantes radicais modernas dos direitos dos animais que fazem parte da moda dos nossos dias. Não é isso, não tem que ver com aviários, nem com matadouros, nem com as mil e uma formas de industrialização da produção de alimentos, algumas das quais ganhavam em ser menos cruéis. Nem com a caça. A caça tem um valor económico, e tem um papel no controlo das espécies, e é cada vez mais moldada pela lei de modo a que o seu carácter lúdico seja subordinado a estas necessidades.

Tem que ver com as touradas. Podem dar as voltas que quiserem, mas as touradas são a exibição pública da tortura de um animal, que é esfaqueado para enfraquecer e depois, no caso das touradas de morte — que todos os defensores das touradas desejavam poder ter sem limitações —, ser morto. As touradas vivem do sangue, da dilaceração da carne, do cansaço até ao limite e da morte. Podem ter todos os rituais possíveis, ter toda a “arte” de saracotear à volta de um bicho, mas as touradas não são uma arte, são a exibição circense de um combate desigual entre homens e animais, cuja essência é a sua tortura para gáudio colectivo.
Não é um combate de iguais. Na verdade, os combates de cães e de galos — proibidos não se sabe porquê à luz da permissão das touradas — são muito mais um combate entre iguais do que o homem de faca e o touro sem armas a não ser os chifres, que muitas vezes são embolados. Mas é o sangue e a morte que fazem o espectáculo e, ao serem um espectáculo, são um sinal de barbárie.

O argumento da tradição também não é argumento. Se há coisas que a tradição encobre é um vasto conjunto de práticas que felizmente hoje são consideradas inaceitáveis, desde a violência doméstica à discriminação dos homossexuais, à excisão feminina, à pena de morte, à legitimação da tortura. Se aceitamos que a “tradição” por si só legitima a violência e crueldade, então podemos voltar ao “cá em casa manda ela e quem manda nela sou eu” e toca de lhe bater.

Os argumentos dos defensores das touradas são a versão portuguesa dos argumentos da NationalRifle Association nos EUA, que também se identifica como uma “associação de direitos civis” e usa o argumento da tradição para justificar uma sociedade banhada de armas e em que a violência dos massacres é sempre culpa de outra coisa que não sejam as armas.

As histórias ridículas de como os defensores das touradas “amam os touros” (sic), de como prezam a valentia dos animais, de como o “touro bravo” enobrece os campos do Ribatejo, para depois ser trazido à arena de tortura e morte como se esse fosse o seu destino teleológico, a cultura machista da “coragem” perante os mais fracos (o touro é o mais fraco dentro da praça), devem pouco a pouco envelhecer no passado. É isso mesmo que chamamos civilização. O mundo em que vivemos é duro, desigual, injusto, violento. Quem saiba história sabe que não há maneira de o tornar limpinho, higiénico, pacífico, nem em séculos, quanto mais numa geração. Mas acabar com as touradas, com a tortura dos touros para satisfação sádica das massas, é um passo no bom sentido. Porque senão vivemos na pior das hipocrisias em que matar ou tratar mal um cão e um gato pode levar à prisão — e bem —, mas em que no meio de cidades e vilas de uma parte do país podemos aplaudir a tortura, o sangue e a morte.

Artigo de opinião de José Pacheco Pereira, publicado no Jornal “Publico” de 17 de novembro de 2018

terça-feira, 31 de julho de 2018

Livro - Scrum - A Arte de Fazer o Dobro do Trabalho em Metade do Tempo | Jeff Sutherland

Este foi um livro que me surpreendeu pela positiva.

O SCRUM é uma metodologia de organização do trabalho assente em equipas de trabalho com um máximo de 9 elementos.

O trabalho é organizado por "sprints" cíclicos até estar concluído.

Esta metodologia baseia-se numa enorme autonomia da equipa para decidir e resolver todos os aspectos do trabalho até à sua concretização.

Daqui retirei muitas ideias interessantes para implementação até ao nível do meu trabalho individual.

Um livro muito bom para quem gosta da área da gestão (do trabalho e das pessoas).

Podes encontrar o livro através deste link: 

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Livro - A arte Subtil de saber dizer que se f*da | Mark Manson (LTV#202)


Podia transcrever aqui muitas das mensagens deste livro, mas deixo aquela que acho mais marcante e “verdadeira” e que a maioria não quer ver nem aceitar… a mensagem de que somos nós, cada um de nós, os maiores responsáveis por aquilo que ocorre nas nossas vidas e por aquilo que alcançamos, apesar de todas as adversidades.

Escreve Mark Manson
“Existe uma descoberta muito simples a partir da qual todo o aperfeiçoamento e crescimento pessoal emerge. É a descoberta de que, individualmente, somos responsáveis por tudo nas nossas vidas, independentemente das circunstâncias externas.
Nem sempre controlados o que nos acontece. Mas controlamos sempre a maneira como interpretamos o que nos acontece, assim como a forma como reagimos.”


TU LIDERAS A TUA VIDA
Fernando Barroso

domingo, 8 de julho de 2018

Livro - O Alquimista - De Paulo Coelho




O Alquimista (do escritor Paulo Coelho) conta as aventuras de um jovem pastor andaluz que abandona a sua terra natal e viaja pelo Norte de África em busca de uma quimera — um tesouro enterrado sob as pirâmides.

O livro é de uma enorme simplicidade de leitura. Mas não se deixe enganar. Ele encerra uma grande verdade.

A minha frase favorita é esta: “E quando alguém quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que se realize esse seu desejo”.
Não é apenas uma frase. É a realidade e eu já a presenciei muitas vezes.

TU LIDERAS A TUA VIDA

Fernando Barroso

sábado, 7 de julho de 2018

Os Livros que vou ler nestas Férias-2018

Aqui está a minha lista de livros para ler nestas férias.
Tens mais alguma sugestão para mim😃?


TU LIDERAS A TUA VIDA
Fernando Barroso

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

5 Frases Educadas Para Desarmar Pessoas Rudes Instantaneamente


Quando alguém é rude contigo, pode ser difícil não ficar chateado.

A nossa reacção inicial é muitas vezes responder “na mesma moeda”.

No entanto, se resistires à tentação de perder o auto-controlo e ficares com raiva, podes responder a comentários inadequados sem teres que baixar o teu nível.

Esta é uma tradução de um artigo original da autora Fattima Mahdi, com o título - 5 Polite Phrases That Will Disarm Rude People Instantly


Estas são as cinco frases simples que podem desarmar instantaneamente as pessoas rudes:

"Obrigado"
Dizer "obrigado" pode soar como um gesto simples, mas vais ficar surpreendido ao descobrir que pode mudar rapidamente o curso da conversa. "Obrigado" é uma frase que costumamos usar para mostrar apreciação, se tu dizes isso a alguém que é rude contigo, podes mostrar-lhe que não estás com raiva. As pessoas rudes gostam quando os outros se irritam e se tornam, também eles, desagradáveis. Se “morderes a tua língua” e permaneceres educado, isso significa que reconheces a descortesia da outra pessoa e optaste por não te deixares afetar pelo seu comportamento.



"Você está certo"
A maioria das pessoas tem dificuldade em aceitar o ponto de vista de outra pessoa. Se houver alguma verdade no que a pessoa está a dizer usa esta frase e isso vai parar a pessoa.
A conversa será interrompida e isso significa que há menos oportunidade de a discussão se desenvolver para a argumentação.

"Você está a magoar os meus sentimentos"
Se tu queres “chegar” à outra pessoa, talvez seja necessário explicar-lhe que ela te está a magoar. Às vezes, esta é a melhor forma de informar a outra pessoa que não gostas do que te estão a dizer e que te ofende. Em alguns casos, ela pode não saber como as suas palavras estão a afetar-te, então, se tu falares a outra pessoa pode corrigir o seu comportamento e até pedir-te desculpas.
Usar esta frase também pode proteger-te de comentários inadequados e ofensivos no futuro.

"Eu acho que deveríamos parar esta conversa agora"
Infelizmente, as pessoas rudes nem sempre se importam com quem estão a magoar à sua volta. Se tu já deste a conhecer os teus sentimentos aos outros e isso não os impede, esta frase vai.

Usar esta frase irá indicar-lhes que tu não aprecias mais a conversa e que não vais tolerar o seu comportamento grosseiro.
No futuro a outra pessoa vai pensar duas vezes antes de dizer algo ofensivo.


"Você tem sempre alguma coisa negativa para dizer, não é?"
Esta frase também pode ajudar a outra pessoa a reavaliar o seu comportamento e pensar sobre as palavras que estão a sair-lhe da boca. Ao chamar a atenção para o fato de que a pessoa muitas vezes tem uma resposta negativa, você está a destacar o seu comportamento negativo e isso pode ajudá-la a reconsiderar o que ela diz no futuro.

TU LIDERAS A TUA VIDA
Fernando Barroso